domingo, 6 de maio de 2012

Nepal : Kathmandu


Nepal  -  A terra natal de Buda

fotos e texto: Valéria Feitosa


Viagem organizada pela www.mundus.com.br

Siddhartha Gautama
Para entender a energia e fascinio do Nepal é importante relembrar um pouquinho a historia do seu Grande Iluminado.

O Nepal é a terra natal de Siddhartha Gautama,O Buda, que nasceu no ano de 560 aC e era filho de um rei do povo Sakhya, ( na cidade de Lumbini) que habitava a região da fronteira entre o Nepal e Índia . Buda viveu durante o período áureo dos filósofos e um dos períodos espirituais mais incríveis da história; foi contemporâneo de Heráclito, Pitágoras, Zoroastro, Jain Mahavira e Lao-Tsé.

Casou e teve um filho, mas vivia totalmente protegido de contato com o mundo exterior ao seu reino.
Uma tarde, fugindo dos portões do palácio, o jovem Gautama viu 3 coisas que iriam mudar sua vida: um ancião que, encurvado, não conseguia andar e se apoiava num bastão, um homem que agonizava em terríveis dores devido a uma doença interna, um cadáver envolvido num sudário de linho branco. Essas 3 visões o puseram em contato com a velhice, a doença e a morte, conhecidas como “as três marcas da impermanência", e o deixaram profundamente abalado.

Voltando para o palácio, ele teve a quarta visão: um Sadhu, um eremita errante cujo rosto irradiava paz profunda e dignidade, que impressionou Gautama a tal ponto que ele decidiu renunciar à sua vida de comodidade e dedicar o resto de sua vida à busca da verdade.

Durante 7 anos esteve estudando com os filósofos da região e continuava insatisfeito.


Por fim, em uma de suas viagens, chegou a Bodh Gaya, onde encontrou uma enorme figueira e tomou a resolução de não sair de lá até ter alcançado a iluminação. Durante 49 dias ele permaneceu sentado à sobra da figueira, em profunda meditação, transcendendo todos os estágios da mente até atingir a Iluminação, um estado chamado nirvana. Desde então foi chamado de Buda (o que despertou) ou Shakyamuni (o sábio dos shakyas). 


Seus ensinamentos nascidos dessas experiência são conhecidos como o Caminho do Meio, ou simplesmente o dharma (a lei). Do momento em que atingiu o nirvana, aos 35 anos de idade, até sua morte, aos 80, Buda viajou ininterruptamente por toda a Índia, ensinando e fundando comunidades monásticas.



Suas últimas palavras foram: “A decadência é inerente a todas as coisas compostas. Vivei fazendo de vós mesmos a vossa ilha, convertendo-vos no vosso refúgio.Trabalhai com diligência para alcançar a vossa Iluminação”.


Para aqueles que assim como eu, escolhem visitar o Nepal e se interessam pela historia e filosofia do budismo, incluir em sua passagem um roteiro espiritual e intimista é fundamental e assim  foi proposto pela Mundus Travel. (www.mundus.com.br) .

Incrustado no enigmático Himalaia, entre Índia, China e Tibet, o Nepal é sem duvida alguma um país mágico que fascina os olhos e enche a alma!

Himalaia (foto:Valéria Feitosa)
A começar do  trajeto (feito pelo ar ) entre Paro (Butão)  e a capital do Nepal, Katmandu que nos proporcionou um dos  momento mais incríveis da viagem, a visão da imponente cordilheira do Himalaia, que abriga o pico mais alto do planeta ,




O Mont Everest
Foram quase 20 minutos sobrevoando por uma das mais lindas manifestações de amor da natureza, a cordilheira é gigantesca, repleta de neve bem branquinha que fazia um contraste com o céu azul anil, deu a impressão de estar sonhando acordada, a emoção foi tão forte que as lagrimas escorreram dos meus olhos.

Kathmandu - prontos para aterrissar  
Estarrecedora, esta é a primeira impressão que se tem ao desembarcarmos na capital, a começar do aeroporto, loucura geral ali já da pra ter uma ideia do que virá pela frente.
SAUDADES DE TODOS VOCÊS !! 
Katmandu vive em meio a uma profusão de cores e revela uma atmosfera mágica, mística, poderosa e por vezes caótica.


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Pelas ruas 



Artesanato riquissimo / Hora de pechinchar   
É impossível não se impressionar com o trânsito desordenado a quantidade de pessoas circulando pelas ruas, a loucura do comércio os casebres que nascem em qualquer canto, e em meio a tudo isto se impressionar também com a extrema espiritualidade que esta no ar, afinal são tantos e tão belos os templos budistas e hindus espalhados por todos os cantos, mitos e lendas que compõe a história da cultura local, que da para entender perfeitamente as razões pelas quais ficamos fascinados com esta lugar.

Imagens muito comun, crianças brincando nos templos 


Na cidade de Patan

Templos em Patan


Durban Square - Centro antigo de Kathmandu 
Fizemos os templos das três principais cidades do país, Katmandu, Patan e Bakhtapur, todas elas localizadas no Vale de Katmandu em meio ao Himalaia e consideradas Patrimônios da Humanidade pela Unesco.

Em Katmandu, nos “perdemos” no centro histórico chamado Durban Square, é nessa região que fica o Palácio Real e os principais templos da cidade, tais como o Kumari Bahal (Casa da Deusa Viva) e o Kasthamandap (Casa de Madeira) este é do seculo XII, todos estes foram construídos em homenagem a deuses hindus (adorados por 90% da população), outro lugar imperdível na cidade é o bairro de Thamel onde encontramos os restaurantes mais bacanas alem é claro de lojinhas de artesanato de deixar qualquer um enlouquecido (principalmente nos mulheres).


O artesanato local é riquíssimo, principalmente quando falamos nas joias nepalesas, são anéis, pulseiras, colares, brincos, pingentes, tão ricos em prata e pedras semi preciosas (pedras da região, tais como turquesa, onyx, ametista etc..) e tudo tão barato que da vontade de encher a mala !!
Na entrada de um dos templos 


A turma toda inebriada com Kathmandu (www.mundus.com.br)

Edu e Osana 




Um povo que encanta !!  



Ainda na cidade visitamos os templos de Pashupatinah e Baudhanath.
O Pashupatinah é o templo hindu mais antigo em Katmandu (400 dC)  e o mais importantes do mundo , dedicado ao Deus Shiva e que faz parte da lista de Patrimônio da Humanidade pela Unesco.


As Vacas Sagradas pesseiam livremente pelo templo
Logo que entramos na enorme área do templo, vimos algumas fogueiras acesas em plataformas localizadas à beira de um rio, mas não entendemos de imediato o que estava acontecendo naquele local. 

Nas margens do rio Bagmati
Quando o guia nos informou que aquela era a cerimônia de cremação, ficamos num estado meio de choque, em profundo silêncio e incapazes de nos mover. Com um misto de respeito e curiosidade, assistimos àquele ritual.      
A turma recebendo a noticia sobre o ritual de cremação !! 


**** De acordo com a tradição hindu do Nepal, antes da cremação, o corpo deve ser mergulhado três vezes no rio Bagmati, um afluente do sagrado rio Ganges. Depois, o corpo é carregado para uma das plataformas que ficam às margens daquele rio. O corpo, enrolado num pano branco ou alaranjado, é cuidadosamente colocado sobre uma pilha de troncos de madeira. Aqueles são os últimos instantes em que amigos e familiares verão o corpo da pessoa que será cremada. Depois de tudo arranjado, a pira funerária é acesa, geralmente pelo filho mais velho.     



Imagens inda dentro do templo de Pashupatinah :






Tania Taranto 






Dani Rocha  em momento especial 

O Baudhanath, emociona encanta e tira suspiros.


Um dos templos budistas que abrigam as cinzas de Siddaharta Gautama, guarda também relíquias que pertenceram as sucessivas reencarnações de Buda, é uma das estupas mais  mais famosas do Nepal

O mais incrível é que a arquitetura destes templos sugere a posição do próprio Buda em meditação e faz uma analogia com seus ensinamentos onde a base representa a terra e a igualdade, a cúpula, a água e a reencarnação, a torre e seus treze anéis, o fogo e os níveis de iluminação, o toldo sobre a
torre, o ar, e o topo, o éter o céu e a verdade.

Os olhos de Buda


Bandeirinhas de oração budista - cada uma de suas cores representam um dos 5 elementos
 Contar o que foi caminhar ao redor desta estupa ainda me é difícil de descrever, acho que é o tipo da vivencia que só quem tem consegue entender é quem tem a oportunidade de viver este momento .

Imagens aos aredores de Baudhanth :




A 14 km ao leste de Katmandu esta Bhaktapur, a mais antiga das cidades do vale, data do século XII, tem um centro belíssimo com templos de telhados aparentes em vários níveis. Seus templos são tão belos com imagens e estatuas tão ricas em detalhes que seus escultores tiveram suas mãos cortadas para que não as reproduzissem em outro lugar.


Patan

Patan
Em Bhaktapur vale tirar um dia inteirinho para se passar, são uma infinidade de templos, e muito frequentada pelo próprio nepalês e isto faz com que o lugar se torne perfeito  para quem quer sentir a verdadeira essência deste povo. (este escapou a nossa visita)


O Nepal sempre me encantou pelo seu lado exótico, o que se confirmou após esta viagem.

 

Tudo lá gira em torno dos cultos e oferendas realizados nos templos religiosos, a religião oficial é o hinduísmo que na pratica ali mistura-se curiosamente com o budismo, talvez seja esta fusão de elementos culturais diferentes que faz do Nepal este lugar que encanta e fascina  





Ao lado de uma pequena monja que se prepara para ser uma provável nova Deusa viva  Kumari
Dicas importantes :

Esta nossa viagem foi organizada pela Mundus Travel  (www.mundus.com.br )
O fuso horário são de nove horas a mais que o horário do Brasil
Brasileiros precisam de visto para o Nepal que pode ser obtido no aeroporto em Katmandu, são necessárias 2 fotos 3x4 .
Outubro e novembro são os melhores meses para se visitar porem estivemos em abril e o tempo estava ótimo.
Na gastronomia existe uma influencia grande da culinária indiana e chinesa, vale a pena experimentar a riqueza dos sabores locais.    
  Fotos de momentos inesqueciveis :



O Frances Bathist







TserRing Tsomo e sua Mãe

Em breve contarei a linda historia desta linda menina chamada TseRing  


Jantar de despedida 
              

Arte da Thangka de Seda - 


  E assim é a fascinante Kathmandu ! 


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